segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Noite (4)

A noite já vencia, o cansaço se fazia e a angústia pelo beijo aumentava.
Um gole na cerveja... um gole na vodka...
O tempo passava mas a coragem não vinha, não se fazia presente. A conversa se emanava mas o desejo de do calor do outro só crescia.
Ela pegou o longo cabelo preto, enrolou e prendeu no alto da cabeça, tendo alguns fios [teimosos fios] desprendidos daquele emaranhado de cabelo e repousando sobre o seu fino rosto... foi então que ele entendeu. Até pediu licença, mas, antes mesmo de resposta, antes da sua concessão, as duas bocas se fizeram uma num só movimento, findando assim toda angústia de um Sábado.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fila.

O tumultuo, a fila, a ansiedade para o show, conversas, amigos, bebida... pessoas. Em meio a roda, em meio toda aquela discussão ele parecia estar em outro mundo. Distante, apenas concordava, quando muito esboçava um sorriso.
Distante e longínquo, assim ele se encontrava, e assim ela estava. Pouco mais que alguns metros, separavam ele daqueles castanhos cabelos e  o vestido verde.
Por um momento teve a estranha sensação de euforia e medo, pensava que seria "descoberto", um breve e rápido movimento fez com que ela ao arrumar o cabelo olhasse para trás e indubitavelmente cruzaram olhares... ele: em choque com tanta adrenalina; e ela: aquele olhar perpetuo que mesmo com o movimento do rosto, não desprendeu um instante se quer do rapaz.