quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Insônia

O vestido verde com pouco decote logo cedeu espaço para o que ele escondia. Com apenas a luz do PC de tela entreaberta ele fora iluminado com aquela pele alva trajando um sutiã preto e calcinha branca com detalhes em preto. Estava linda, o curto cabelo cais sobre o ombro e em seguida sobre o ombro dele. A cada beijo uma peça caia, os corpos a cada beijo mais próximos, o contato, o transpiração, a respiração, todas as manifestações corporais resumidas em um breve gemido ou perda de ar ou dedos dos pés recolhidos. Um toque no rosto dela uma pegada na nuca um puxãozinho no cabelo, e um beijo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Carta ao Irmão.

Sempre tentei me fazer de forte na hora da despedida, cada vez é mais difícil segurar o choro quando vejos meus irmãos deitados e pedindo para eu ficar, ou deparar com a muralha da minha mãe em prantos.. Mas quando vejo ele o mais sentimental de todos engolindo cada lágrima. Eu ergo a cabeça beijo sua careca, e a lágrima evapora. Ou pelo menos tento.xD

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

pan pan ran ran... pan

Era mais uma das manhãs frias de julho, da frespa da janela ele conseguia ver que já era dia, não sabia bem se por medo de acorda-la ou por preguiça de sair do edredom continuou debaixo dele abraçando-a e aguardando o tempo passar. Adorava ficar assim, o joelhos em sintonia o braço sobre sua cintura e ao mesmo tempo segurando a mão dela. As vezes se sentia solitário, pois sempre acordava primeiro e aproveitava o deleito daquele momento. Olhava seu cabelo negro tomando quase todo o travesseiro, espiava debaixo do edredom só para ver ela de calcinha (começa a rir quando era daquelas de bixinhos - ele adorava essas).
Podia ficar assim a manha inteira, mas ela despertou, talvez pelo cheiro que ele deu em seu cabelo, virou-se, sorriu e disse:
-Bom dia - com olhos ainda meio entre abertos, mas disse.
Ele sorriu e deu-lhe um beijo, isso bastou.
Conversaram um pouco, abriram a janela e viram o sol lindo em meio a neblina nas montanhas mineiras.
No ato dela se levantar e abrir a janela ele não pôde deixar de reparar naquele corpo maravilho, os seios, a cintura, o pescoço... ela como quem flagra o olha, virou-se para ele e deu uma risada. Foi praticamente um consentimento. Ele levantou-se pegou aquele vinil da Billy Holiday sorriu no primeiro choro do trompete e voltou para cama, deu-lhe um beijo puxou o edredom... e só sairiam dali depois de um bom tempo, talvez quando sentissem fome ou sede, sei lá...