domingo, 1 de setembro de 2013

Crônica sobre sua ausência.

Queria te ligar, queria te ver, queria te ter. Seguir nosso ritual sagrado dos finais de semana: dedicar cada segundo, doar cada centímetro do corpo exclusivamente um para o outro. Poder abraçar, beijar, irritar, viver em nossa realidade paralela, onde está feliz é essencial e brigar só se for por comida.
O final de semana corre para seu fim, mas o tempo tarda à passar, alimentando a angústia por não ser imaculada pelo seu calor, por não ser abençoado pela sua risada, por não alimentar do seu corpo e do teu sangue.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Voto matrimonial

Já à um bom tempo abdiquei da fé, da igreja e das crenças... quis contemplar o meu eu, alcançar o nirvana particular.
Vê na paz e no sossego individual a essência de viver e compreender as peças da vida.
Ditar os pudores e tabus das ações presentes e os sonhos da vida futura na primeira pessoa do singular...

Na arriscada impossibilidade de controlar todas as ações do tempo (re)encontrei outra fonte de paz, mais fonte de sossego e diversos novos sonhos... Abdiquei do particular pelo "NÓS".
Voltei a ter crença, guardei meus domingos e feriados [e todos os outros 365 dias], para adora-la, fiz de seus beijos minha fé e nossa existência minha religião.


Pascoa

Não desejo, não preciso de ovos de chocolate, minha pascoa é diária, renasço, me encho de vida à cada beijo, abraço sexou ou encontro com você.
Jogado em seus braços uma nova vida brota, desejos, paixões, plano... sua presença cria um novo ser, uma novo alguém na 1ª pessoa do plural.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Filme nordestino

O calor demasiado em mais um típico dia de verão, até remetia a um filme Cult de temática nordestina, as peles douradas e cintilantes compunham os corpos, e o constante vapor solar podia ser visto a olho nu

Como nos filmes de temáticas nordestinas os diálogos são um tanto breve e o ambiente caseiro é cenário... Além claro, da atmosfera sensual presente nos corpos e no oxigênio do espaço, quase um eco material das teorias longínquas do antropólogo Pernambucano. Neste espaço, nesta atmosfera (e nestes corpos) existe apenas uma protagonista, no mais feminino dos sentidos, as curvas, os cabelos úmidos, a pouca roupa e a busca pela leve brisa pela janela tomou para si todo o olhar e encanto... Faz o desconforto do calor ser esquecido e o desejo pulsante pelo amor, pelo sexo, florir nos olhos e nas poucas palavras.

Daquele ângulo, deitado e vendo todo aquele esplendor, ele desejou o mundo, a cumplicidade à dois, o amor... e uma pequena morte.