terça-feira, 29 de julho de 2014

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Uns dias desejei ser Caetano, em outros ter sobrenome Buarque de Holanda... e porque não de Morais.
Atrevi em rimas e versos tortos sem graça e logo vi que não tinha o sangue poético.
Entendi que poesia para ser bonita tem que falar do utópico, do sonho, do amor platônico.
Chico já alertava que o poeta chama em silêncio, que na presença da amada os lábios tremem. O poeta é utópico, é singelo é observador, ou melhor dizendo contemplador.
Eu não, eu não sou assim, meu ceticismo me transformou em algo diferente, não virei poeta, não quis ver no amor uma fé um devir ad infinitum.
Eu, o narrador que vós fala escolheu viver, ser os versos e prosas em sangue e carne...
Abrir mão da contemplação de artista para vivenciar o calor e os beijos de um amor de cordel.
Escolhi viver.
Escolhi ser amante.