sexta-feira, 30 de outubro de 2009

à tardinha II

E no fim da tarde um chuva, chuvinha, daquelas só pra dar brilhos as flores. e ele chega em casa, meio molhado,meio seco mãos pra trás e sorriso no rosto, anda na direção dela, abraça, e por trás da nuca sua mão surte aos olhos dela, uma linda flor... flor com um ar de roubada de algum belo jardim. suas pétalas umedecidas, pequenas gosta a brilhas. e teus olhos assim se fez água. chovendo dentro do lar, chuva de felicidade, de encanto, chuva q antecede o arco íris.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Avaliação

O quadro esta vazio, mesmo com a distância e o reflexo distorcido que a velha televisão no fundo da sala me proporciona, posso ver toda uma classe, sentada, quieta, cabeças baixas... Ora um suspiro mais forte, tiques mais fortes, pés batendo ao chão, mãos inquietas, síndrome do cabelo... Tudo isso vejo na perspectiva frontal desta enorme sala. No reflexo apenas o comportamento, não consigo distinguir os homens das mulheres, tudo é muito igual... parecem carteiras, meramente cadeiras, sem vida, sem tiques, ausente de ansiedades e aflições... pouco à pouco saem um por um... eu também gostaria de ir... falta poucos instantes para o término, no fundo uma garota (linda, só pra deixar ilustrado) faz uma cara tipo: "é ta bom..." guarda as coisas, avisa a amiga, levanta e me entrega a avaliação, seu xampoo provavelmente era de chocolate...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Girassol


Na mesa, um desenho de arranjo de flores, talvez algumas margaridas... Acho tão bonito aquele amarelo em meio às bordas brancas, tão delicadas esta planta. O amarelo sempre me fascinou, apesar de falar das margaridas a planta que mais gosto é o girassol. Logo pela manhã já tão elegante, encantador, tão imponente...
Todo o amarelo colossal de tua coroa torna magno teu negro rosto (às vezes verde ou amarelo). É uma pena não ter o ar romântico merecido. Há coisa mais bela que um amante idolatrar seu amor nos primeiros raios do dia?!?!?!?!? Todas as manhas... E quando sua amante não se faz presente na manha, ele se faz triste, curvado, deprimido....

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

cansaço

ontem conversei com minha mãe ao telefone. Segundo ela eu estava com uma voz triste... e com a tentativa ilusória de talvez enganar minha mãe, lancei a velha e conhecida justificativa... estou apenas cansado mesmo.
em seguida peguei me perguntando... pq justificar este estado emocional numa manifestação majoritariamente física? por que ocultar nossa tristeza? será que realmente estou triste? talvez esteja apenas cansado mesmo...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

[a]distraido II

Neste ousado exercício de tentar escrever coisas, em alguns momentos eu retorno a textos de autores como Clarice Lispector, ou, as letras de músicas... Mas é imprescindível esta atitude, como negar palavras que tanto identificam com aquele instante... E como fui injusto, bobo, tolo, impaciente ao acreditar que o mundo fosse tão cruel comigo... Tanto aguardei uma resposta imediata que ela só me veio qdo não mais a esperava, qdo finalmente estive distraído. Lá de longe escutei, era o toque do meu celular e como um garota preste a receber o primeiro beijo, minhas pernas tremeram, mas não o suficiente para impedir de ao encontro encaminhar. E mesmo com todos os semáforos aberto, o tempo parecia não passar... E apesar do vento cortar o rosto a 60 km, mas parecia engatinhar pelo caminho. Agora o encontro era inevitável, toda a expectativa em fim frente a frente. Sorrisos tímidos, olhares desviados e breves diálogos. E a cada passo, novas palavras, risos... e aos poucos a vergonha ficará apenas nas pegadas... Horas e horas da mais inocente conversa. E nos breves momentos de coragem em aos olhos direcionar ao dela, um brilho... e não eram as luzes a criá-lo, era algo mais, eu e talvez nem mesmo palavras podem explicar... A lua ao céu ainda se fazia presente, mas não era ela a dama daquela noite, mesmo com todo seu encanto se fez notável. O brilho e o encanto dos olhos azuis me tomarão pelas mãos e dançamos. Dancei pela noite... Em uma sincronia dançamos, mãos, pé, corpo e lábios num só movimento, em um único propósito.

E neste instante pude entender o que é estar distraído.

sábado, 10 de outubro de 2009

besteiras

Quantas dúvidas... Tantos emblemas... Meu travesseiro já não tem suportado o cansaço do fim do dia, não impede as constantes tentativas em solucionar estas equações... Quanta insensatez esta minha... Como seria possível encontrar um resultado se não tendo a segunda parte do enigma?!?!!?


a esta hora da noite vejo o quanto sou frágil (idiota), tanto tento ser forte e neste exato instante estou imaginando mil coisas... tentando decifrar enigmas incompletos... criando expectativas para um instante q nem mesmo sei se é possível...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

14:19

Exercer a paciência, ta ai algo que a tanto tempo não fazia. Incrível como se tolera tantas tentativas de te colocar pra baixo, tentam te destruir, tapas no rosto em forma de palavras... paciência exercida com o calar ou com um breve comentário com um lindo e sutil sorriso acompanhando o ponto final. Talvez a ausência de expectativas cada vez mais tem me tornado frio e calmo e ate mesmo debochado nos momentos de tensões. Talvez o deboche de viver... Porém, me torno cada vez mais sensível nos instantes de calmaria, nos instantes de sensibilidade alheia...
Sinceramente não gostaria tanto a fragilidade que me encontro, a fraqueza me torna insano, não meço consequências, a ausência de razão na solidão, me faz mandar sms's sem sentidos, em horas estúpidas... Quanto sou idiota, odeio ser fraco, odeio tentar ver meu reflexo no azul de olhos tão distantes... Talvez o destino sempre me queira ver só... Eu não sou só de tudo, não sou triste, talvez esteja apenas cansado.
o que seria de mim sem as mulheres, são as clarices, adrianas, fernandas... São divas, todo o encanto e charmes transpostos nas suas palavras e voz...