quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Covardia

Toda noite, todo instante, cada segundo me odiando, a um passo de "socar" a cabeça em uma grossa parede destas igrejas barrocas, sacrificar a minha demência de não esquecer aquele corpo, aquela pele, a branca tez, rubra boca com ombros e pescoço desnudo. Até parecia um convite, uma chamada para os meus mais perversos sentimentos.
As linhas marcando seu ombro, suas saboneteiras que no mais breve tempo se tornaria minha cova, me  sepulcrando em seu branco corpo nu banhado pela escassa luz de um abaju. Você à me ignorar, fingindo minha inexistência, negando meus beijos e com asco dos meus toques...
tic tac, tic tac... Branca, bela, bela, branca, branca, bela, branca, dois olhos se afastando e a saudade apertando e brilho de seu colo logo se desmancha no breu de meu despertar.

domingo, 6 de novembro de 2011

Dois sorrisos

Entramos no carro. Eu preocupado em ligar-lo e ela querendo saber qual música ouvir. Adorava ver aqueles loiros cabelos cair sobre o ombro desnudo pela aquela singela regata com detalhes de babadinhos preto. Os olhos verdes sorriram pra mim, as mãos deram play, fechou um pouco os olhos e balançou a cabeça pra cima fez biquinho e no ritmo da música intercalou um gole na cerveja, uma balançada de cabeça e a letra da música. (às vezes me olhava, sorria e voltava a sacudir a cabeça).