quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

pan pan ran ran... pan

Era mais uma das manhãs frias de julho, da frespa da janela ele conseguia ver que já era dia, não sabia bem se por medo de acorda-la ou por preguiça de sair do edredom continuou debaixo dele abraçando-a e aguardando o tempo passar. Adorava ficar assim, o joelhos em sintonia o braço sobre sua cintura e ao mesmo tempo segurando a mão dela. As vezes se sentia solitário, pois sempre acordava primeiro e aproveitava o deleito daquele momento. Olhava seu cabelo negro tomando quase todo o travesseiro, espiava debaixo do edredom só para ver ela de calcinha (começa a rir quando era daquelas de bixinhos - ele adorava essas).
Podia ficar assim a manha inteira, mas ela despertou, talvez pelo cheiro que ele deu em seu cabelo, virou-se, sorriu e disse:
-Bom dia - com olhos ainda meio entre abertos, mas disse.
Ele sorriu e deu-lhe um beijo, isso bastou.
Conversaram um pouco, abriram a janela e viram o sol lindo em meio a neblina nas montanhas mineiras.
No ato dela se levantar e abrir a janela ele não pôde deixar de reparar naquele corpo maravilho, os seios, a cintura, o pescoço... ela como quem flagra o olha, virou-se para ele e deu uma risada. Foi praticamente um consentimento. Ele levantou-se pegou aquele vinil da Billy Holiday sorriu no primeiro choro do trompete e voltou para cama, deu-lhe um beijo puxou o edredom... e só sairiam dali depois de um bom tempo, talvez quando sentissem fome ou sede, sei lá...

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