segunda-feira, 2 de maio de 2011

Despertador

Mãos pesadas invadem a pele, querem rasga-la, puxá-la e trazer para mais perto, possuir ter em mãos. Escondidos e entregues, num quarto de hotel da própria cidade, se escondiam ali e se faziam um, apenas um. Tentavam um se fundir ao outro, as mãos, as unhas, cravam-se na pele e as bocas rapidamente se afastavam para aquele suspiro. Escondidos não só naquele quarto, mas na cama de seus sonhos. As vezes ela o visitava em meio a noite, trazia seu encanto e sua selvageria, todos os sonhos eles se amavam e se fundiam.
-Droga-
 Já cedo ele gritava, não devia ter levantado, não queria ter sonhado. Quando será sua próxima visita? Quando ela virá com o requebrar de teu cabelo e afiadas unhas em minha cintura? Me avise... Vou viajar.

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